Entre o limiar de desistir, esquecer, e alguns minutos de prazer.
Você virou as costas para o mundo, apenas como retribuição. Por cansaço, tristeza, depressão.
Aqui você se sente mais à vontade, é sua nova família. A dor se esvai pela latinha e volta com o peso de dois engradados. Para ela ir embora você precisa continuar aqui. Mas se for para sair, sei que voltarás. Minha única certeza. Voltarás.
Completar o ciclo. Esquecer as dores da outra vida, do outro mundo. Agora só existe essa aqui, intercalada com tragos e orgasmos.
Nada mais importa. No fundo, não queres mais nada. Porque sabes que só tens a mim. Eu sou a teia, você acha que é a aranha, mas é só um inseto.
Eu te amo.
Uma reunião de contos, crônicas e afins. Os nomes dos personagens são fictícios. As notas, nem sempre.
quarta-feira, outubro 14, 2015
sábado, outubro 03, 2015
Espelho
Lembre-se de quando você transbordava esperança. Das levezas da juventude. Da insegurança e das borboletas no estômago. Do primeiro grande amor, das primeiras desilusões. Das primeiras vezes. Mesmo nos dilemas da juventude, havia beleza. A vida tratou de ir te machucando com o passar dos anos. Algo se perdeu no meio do caminho. Algo mudou. O brilho cessou, o sorriso sumiu, você ressecou. Mas com as lembranças vieram as lágrimas, que trataram de hidratar a alma.
Coração etílico
Amor é um bêbado cambaleante na linha do trem. Caminhando sem rumo. É necessário correr o risco. Com o tempo, aprende-se a desviar dos trens. E então torna-se a andar embriagado na linha. Não perderás a vida, mas vagarás tropeçando, pois sobriedade passa longe do amor. E quando a morte chegar, melhor que não estejas amando. Seria muito desperdício.
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