sexta-feira, julho 17, 2020

Morremos para sobreviver...


Pela primeira vez, me vi no espelho durante a pandemia. Parece que se passaram cinco anos em cinco meses.

Pela primeira vez, vi rugas em minhas pálpebras. Meus cabelos estão menos, e mais brancos.

Minha barriga aumentou, assim como meu consumo etílico. A quarentena mostra suas marcas; físicas e psicológicas.

Como seremos lembrados e retratados pelas futuras gerações? Como será nossa reação ao ver um filme sobre a pandemia, daqui a 10 ou 20 anos?

Fomos a uma guerra e não disparamos um tiro, sequer. E tornamos-nos uma geração de doentes, infectados ou não. As marcas serão eternas.

Morremos, diariamente... Para no fim sobreviver e, futuramente, morrer novamente. Que nossos pais, filhas (os) e amantes não sejam testemunhas.

...E vice e versa


sexta-feira, julho 10, 2020

Futuro do pretérito do presente


Eu escrevo sobre o que eu vivi e sobre o que eu não vivi, ou o que eu poderia ter vivido. Passado, presente e futuro imaginário se misturam. É a minha forma de controlar o destino, de viajar no tempo, de abstrair-me do  presente, de lembrar-me da infância, de sonhar...e de ser Deus.